sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mais um pouco sobre a cerveja....

Hei hei seus bebedores insanos...fui ali e acabei de voltar com meu antigo livro de historias ...e achei algo sobre oque???? sim sobre a cerveja...percam um pouco do seu tempo ( mas não deixe sua cerveja criando larvas do mosquito da dengue...bicho do inferno)e leiam este artigo...




As discussões e histórias são infindáveis. São inúmeras. Mas aqui você vai poder conhecer um pouquinho mais da história desta bebida tão antiga quanto mágica. Muitos dizem que seu surgimento está ligado com a origem da humanidade, já que a bebida era consumida antes mesmo de surgirem as primeiras aldeias.
Pelo cultivo de cereais, dentre outros fatores, a humanidade trocou a caça e a coleta, pela agricultura e vida sedentária, baseada em pequenos assentamentos.
A cerveja é a bebida alcoólica mais antiga do mundo. Na China, na cidade de Jiahum, foram encontrados vasos de barro datados de 7.000 a.C. que continham restos de uma cerveja feita de arroz, mel, espinheiro e uvas (a fruta provavelmente foi usada para a fermentação).
Na Mesopotâmia (hoje, Iraque e Irã) foi encontrada uma receita de cerveja de 6.000 a.C. escrita numa mesa de argila. Lá eram fabricados cerca de 20 tipos diferentes de cerveja. O principal deles recebeu o nome de Sikaru e era utilizado para honrar os deuses e alimentar os doentes. Todo esse conhecimento se difundiu entre outros povos e sua importância era tão grande que os grãos eram cobrados como impostos, e a bebida usada como forma de pagamento, onde os funcionários mais importantes recebiam um número maior de cervejas como gratificação.
De lá os babilônios importaram a cerveja para o antigo Egito, onde o faraó Ramsés III a bebia em canecas de ouro de 3,5 litros. Foram os egípcios que criaram o hoje conhecido “happy hour”, quando distribuíram cerveja aos homens que ergueram pirâmides para relaxar após um dia cansativo de trabalho.
No início da Nova Era, a cidade de Alexandria se tornou o centro da cultura cervejeira. Comerciantes e guerreiros levaram a bebida para o continente. Quando os Romanos invadiram a Galileia já havia cerveja sendo produzida lá. Essa cerveja era feita para um povo chamado Belgae (hoje a Bélgica), onde a cervoise era produzida pelas mulheres. 
Com a queda do Império Romano, a Igreja tomou posse das cervejarias, nascendo então a Abadia Ale. Durante séculos, os mosteiros foram destruídos e reconstruídos, mas a receita da bebida foi mantida e produzida por pequenas cervejarias. 
E foi somente na Alemanha, considerada hoje um dos berços da bebida mais famosa do mundo, que ela se desenvolveu mais amplamente. O documento mais antigo sobre a fabricação de cerveja em solo alemão data de 800 a.C. e traz a palavra latina bibere, que significa beber. Daí, ela tornou-se bier, cerveja em alemão. 
Com o aperfeiçoamento e registro das técnicas de produção, os produtores adquiriram conhecimento e entenderam o papel determinante da água para a qualidade da cerveja. Assim, a partir do século XII, pequenas fábricas surgiram aos poucos em cidades européias conhecidas pela qualidade das fontes de água.
Até o final de século XIX, a Bélgica tinha mais de 3.200 cervejarias produzindo inúmeros tipos de cerveja. Com o início da guerra no século XX, houve uma redução no número de cervejarias e, até 1980, a Bélgica passou de 3.223 para apenas 130 fábricas.
O cenário atual traz a Alemanha como o país que mais possui cervejarias, desde grandes fábricas a pequenos produtores, o que faz dos alemães os maiores consumidores da bebida no mundo. Por outro lado, é a Bélgica – com 170 cervejarias – o país que apresenta a maior variação de tipos no mundo, com mais de 1.000 marcas de cerveja diferentes. 
Pronto. Começa uma história que temos prazer em conhecer cada vez mais. conhecimento se aprimora, a bebida se transforma. 
Com o passar do tempo, pessoas de todo o mundo passaram a inovar e experimentar novas formas de produzir e degustar cerveja. Ingredientes foram adicionados ou substituídos por outros, de acordo com a região onde era fabricada.
Mas foi na Gália (atual França) que a cerveja ganhou seu nome em latim – dando origem ao que hoje chamamos, com todo o orgulho, de CERVEJA. Em homenagem à Ceres, a deusa da agricultura e da fertilidade na mitologia latina, os gauleses apelidaram o líquido de cerevisia ou cervisia, dando origem a cerveza (em espanhol) e cerveja(em português).
1500-1600
O século XVI foi muito importante para a história cervejeira da Alemanha. Neste século foi criada a Lei de Pureza que hoje e obrigatória em toda Alemanha.
Em 23 de abril de 1516, que o Duque Wilhelm IV da Baviera alemã (hoje, uma grande região produtora) proclamou a Reinheitsgebot, ou Lei da Pureza, que proibiu o uso de trigo na produção de cerveja, sendo autorizado somente o uso de malte de cevada. A lei gerou grandes mudanças na produção, pois definiu que a fabricação da cerveja deveria se restringir ao uso de somente três ingredientes: água, lúpulo e malte (wasser, hopfenund malz, em alemão). Por ainda não conhecerem e utilizarem conscientemente a levedura, responsável pela fermentação, este item não foi incluído na Reinheitsgebot.
A demanda crescente em toda a Europa era causada pelo baixo preço da cerveja, que era mais barata que o vinho. O consumo de cerveja per capita anual era algo em torno dos 300 litros, e essa grande demanda fez com que a indústria cervejeira passasse por uma grande modernização.
Por volta de 1650, as vendas caíram, quando os impostos aumentaram, mas mesmo com as adversidades, muitos consumidores permaneceram fiéis à cerveja.
1700-1800
Mas não foi o nosso Duque Wilhelm IV quem trouxe a cerveja para a Era Moderna. 
Entre 1860 e 1870, a pedido dos vinicultores e cervejeiros franceses, Pasteur (Louis Pasteur, cientista francês) investigou a razão pela qual os vinhos e cervejas azedavam, identificando a ação de uma bactéria. A solução: aquecer a bebida lentamente até alcançar 48°C matando, deste modo, as bactérias. Após esse procedimento, a bebida precisou ser armazenada em cubas hermeticamente vedadas para evitar uma nova contaminação.
Em 1883, trabalhando no laboratório de uma cervejaria em Copenhagen, Emil Christian Hansen (um fisiologista de fermentação dinamarquês) descobriu a existência de diversos tipos de levedura e que apenas alguns eram adequados à produção de cerveja. Após combinar com uma solução de açúcar, notou que uma conseguia produzir novas células de leveduras iguais à inicial. A partir daí, as cervejarias começaram a produzir cerveja sempre a partir da mesma levedura.
A produção de cerveja aumentou ainda mais com a descoberta da refrigeração artificial, feita pelo alemão Carl Von Linde, que descobriu novas técnicas de refrigeração. A cerveja foi um dos primeiros produtos a se beneficiarem. Isso permitiu que a bebida deixasse de ser produzida somente entre setembro e abril – meses frios no Hemisfério Norte – e se tornasse algo comum de se beber durante todo o ano.
A expansão do comércio cervejeiro também foi facilitada pelo desenvolvimento das estradas de ferro. Na inauguração da primeira linha de trem na Alemanha, de Nuremberg à Furth, os primeiros bens transportados foram dois barris de cerveja.
No século XIX, em outubro de 1842, o cervejeiro Josef Groll produziu a primeira cerveja clara de baixa fermentação, a Pilsen. Criada na Bohemia, as Pilsen fizeram sucesso tão rápido quanto se espalharam, ganhando fama principalmente nas Américas.
Foi nessa época que surgiu também a primeira cerveja do Brasil, a Bohemia, em 1853. Seu criador, o alemão Henrique Kremer, conseguiu em pouco tempo difundir o prazer de degustar uma bebida que poucos conheciam.
Curiosidade: Apesar de ter chegado ao Brasil no século XVII, entre 1634 e 1654, por meio da Companhia das Índias Ocidentais e dos holandeses, foi só com a chegada da família real portuguesa, em 1808, que a cerveja começou a se espalhar por todo o território. Esse fato foi ajudado pela decretação da Carta Régia, promulgada em 28 de Janeiro de 1808, que determinava a abertura dos portos para as nações amigas. 
O imperador brasileiro Dom João VI, pai de Dom Pedro I, era um grande apreciador da cerveja e preferia as cervejas inglesas: escuras e encorpadas.
1900-2000

No início do século XX e ao longo da 1ª Guerra Mundial, o número de indústrias produtoras de cerveja caiu pela escassez de matérias-primas e mão-de-obra, o que levou as empresas a apostarem na mecanização das funções. Com a Grande Depressão e o crash da bolsa de valores norte-americana em 1929, muitos fabricantes foram levados à falência.

Outro baque para a indústria foi a Lei Seca nos Estados Unidos, que proibia oficialmente a fabricação e o comércio de bebidas alcoólicas. No entanto, o cumprimento da Lei Seca foi amplamente burlado e uma das figuras famosas da época foi o gangster Al Capone. A Lei Seca teve fim em 05 de dezembro de 1933, mas o mercado da cerveja, que nos Estados Unidos contava com somente 160 indústrias, mal teve tempo de se recuperar: Em 1939 explodiu a 2ª Guerra Mundial.
Passado o conflito, a produção e o consumo de cerveja voltaram a crescer. Esta época ficou marcada pelas fusões entre grandes produtores, gerando empresas cada vez maiores. 
Foi também no século XX que surgiu, de fato, a ciência cervejeira. Com o avanço das tecnologias e domínio do processo de fabricação, os produtores obtiveram maior controle sobre o produto final, que passou a apresentar maior variedade e qualidade. Assim, a soma de inúmeras descobertas resultou na bebida que hoje tanto apreciamos.
E é dessa ciência cervejeira que todos compartilhamos atualmente, nos tornando profundos conhecedores da cerveja. 

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